quarta-feira, 30 de julho de 2008

Um dia me vi futuro
Com uma casa de flores
Saindo pela janela

E voando para loonge,
Fugiam. fugiam.
As cores tomavam outras
e também outras as flores

Neste jardim, eram de pedra
Os botões gozozos...

Assim como estes dedos
Estas cordas
o fóssil ambulante de meus arcos
E o vento velho
clamando tempestade


Neste jardim, eram de pedra
Os botões gozozos...

domingo, 20 de julho de 2008

Eu Teatro




















Sob a luz da ribalta, Madama Butterfly, de Puccini
Já no palco da vida, o ator principal faz sua cena...





(Theatro Mvnicipal de São Paulo)
Foto by Serginho Costa

sábado, 19 de julho de 2008

Antes de acordar
Minha alma orvalha
E levanto impregnado
De mim

Escorro pelo mundo,
Cheirando, táctil,
As curvas da Estrada...

É a minha condição!

Só assim retorno
Repleto de outras almas
Onde também restei...
Até não ser inteiro
Porém mais belo

Me olho no espelho
E vejo tantos rostos
Traços que nunca vi...
Espumas de mar
e Ana, e Luís
De fera, de pedra
Até mesmo a alma do ar
Com seus pés de vapores
Que tocam o chão sem marcar

És meu orgulho
Ser todo em mim
Durante toda nossa vida...

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Quiçá


Nem sempre sabem
O que dizem os poetas...

Quando digo Rio
Vai além da águas
e da minha Boca

Por isso sou Pássaro Verde.
Tenho sede
que cruza o rio, mata rio
e sacia na terra
(...)
Nem sempre entendo
o que sinto poeta

Fantasmas de águas
E revoltas ribeirinhas
um choro verde
e um vento me treme

poeta Nem sempre poeta
Humano em tantos ramos
Uma floresta de sentidos
Um morro sem planos

Poeta quiçá poeta....

(Michel Costa)